PENTECOSTES: O CHAMADO A SERMOS MISSIONÁRIOS
Estamos nos aproximando da
solenidade de Pentecostes. Nesta celebração somos convidados a professar a
nossa fé na presença e na ação do Espírito Santo e a invocar a sua efusão sobre
nós, sobre a Igreja e sobre o mundo inteiro. Vemos na narração dos Atos dos
Apóstolos um novo percurso da ação de Deus: após a morte e ressurreição do seu
Filho, Jesus se eleva ao céu e retorna junto do Pai e então, nasce do coração
do Pai o Doce Espírito para assim guiar, governar e santificar a sua Igreja.
Antes de Jesus voltar ao
Pai, Ele prometeu aos
seus discípulos os enviaria o Espírito Santo e receberiam um batismo novo:
“João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a
poucos dias”(At 1, 5). Vemos, que os apóstolos após a
ascensão de Jesus, com medo, se reuniram no mesmo lugar, no cenáculo, para ali
orar. Foi então que algo estranho aconteceu.
“De
repente, venho do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu
toda a casa onde estavam sentados. Aparece-lhe então uma espécie de línguas de
fogo, que se repartiram e pousaram sobre eles cada um deles. Ficaram
todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme
o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2, 2-4)
A promessa de Jesus foi
ali cumprida. Os apóstolos receberam, no batismo, a efusão do Espírito Santo.
Eles receberam o sopro novo, o sopro que renova e que nos dá uma vida nova.
Assim como vemos no batismo de Jesus, feito por João Batista no rio Jordão,
repousou sobre ele o Espírito Santo em forma de uma pomba. Agora, sobre os
apóstolos, repousa o mesmo Espírito, em forma de línguas de fogos, e junto com
Ele, os seus dons.
Em Pentecostes acontece
algo magnífico, onde os apóstolos começam a falar em varias línguas, sendo
assim simbolizando o Espírito que reuni todos os povos num só amor, no amor de
Deus. “Este é o efeito da obra de Deus: a unidade; por isso, a unidade é
o sinal de reconhecimento, o ‘cartão de visita’ da Igreja no curso da sua
história universal. Desde o início, do dia do Pentecostes, ela fala todas as
línguas.” (Papa Bento XVI).
Algo importante em nesta solenidade é
o que temos entre a Ascensão e a decida do Espírito Santo. Jesus não estava
mais no meio dos seus apóstolos, mas um dia irá voltar da mesma forma que foi.
Os apóstolos se reuniram no cenáculo, fecham as portas com medo dos judeus,
pois tinham visto o que havia acontecido com Jesus, e não queriam que
acontecesse o mesmo com eles. Mas no dia de pentecostes tudo muda, o Espírito
entra e renova, renova os apóstolos, tira do meio dos seus corações este medo,
medo de anunciar o Jesus ressuscitado. Pois bem, assim que os apóstolos, cheios
da graça provinda do Espírito Santo, saem do cenáculo e vão anunciar a Boa
Nova.
Como Igreja, somos convidados a nos
reunir no cenáculo, ou seja, em nossas igrejas, paróquias e pedirmos o
pentecostes, esta efusão do Espírito Santo, para que possamos ser preenchidos
desta ação. E juntos sairmos de nós mesmos e irmos as sociedades anunciar o
Cristo a todos. Pentecostes é isso: é o convite a sermos missionários e não
ficar trancados em nossos cenáculos, com medo.
Portanto
não tenhamos medo!
Por David Fernandes de Oliveira
Assessor de Liturgia
Curitiba, 15 de Maio de 2013
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